As eleições 2020 deste último domingo (15) não contaram com as disputas proporcionais. Ou seja, a eleição deste ano foi a primeira na qual os candidatos a vereadores concorreram exclusivamente pelo próprio partido e não como parte de uma aliança entre legendas.
O Congresso Nacional em 2017 aprovou uma minirreforma eleitoral, com a justificativa de evitar o chamando “efeito Tiririca”. Nele, os concorrentes mais fortes e bastante votados acabavam elegendo, de carona, candidatos que tenham recebido poucos votos e de partidos menores. Ou seja, não teriam condições de atingir o mínimo necessário para entrar na Câmara Municipal.
Os partidos menos representativos terão, na teoria, mais dificuldades para atingir o quociente eleitoral, que é o resultado da divisão do número de votos válidos (excluindo brancos e nulos) pela quantidade de cadeiras no Legislativo.
Com isso, o impacto dos “puxadores de voto” não deixa de existir mas, ao menos, é minimizado. Além disso, os candidatos “carregados” por concorrentes muito votados são do mesmo partido, o que diminui a chance de que postulantes com perfis ideológicos completamente distintos sejam eleitos pelo “efeito Tiririca”.
Resultado das Eleições 2020
Em todo o Brasil, foram registradas 557,3 mil candidaturas nos 5.568 municípios e havia 147,9 mil eleitores aptos a votarem nas eleições municipais deste último domingo (15).
O prefeito Gean Loureiro (DEM) foi eleito no primeiro turno para mais um mandato na prefeitura de Florianópolis. Ele obteve 126.144 votos, o que representa 53,46% dos votos válidos, garantindo a vitória em turno único.
Na capital do Rio Grande do Sul, Sebastião Melo (MDB) e Manuela D’Ávila (PCdoB) estão no segundo turno. Melo obteve 31,01% dos votos, enquanto Manuela conquistou 29%.
Rafael Greca (DEM) foi reeleito em Curitiba. Já em São Paulo, a eleição será decidida em 29 de novembro. Bruno Covas e Guilherme Boulos disputarão segundo turno.
Por fim, no Rio de Janeiro a disputa será decidida no segundo turno entre o ex-prefeito Eduardo Paes e o atual, Marcelo Crivella. Paes (DEM) obteve 37,01% dos votos válidos contra 21,9% de Crivella (Republicanos).
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