Uma pesquisa realizada pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), mostra que em até cinco anos, novas profissões podem surgir devido às necessidades impostas pela pandemia por Covid-19. Entre os novos cargos, estão analistas de soluções de alta conectividade e orientadores de trabalho remoto.
Com a necessidade da adesão ao isolamento social para conter o avanço do coronavírus, atividades como a prática do home office, a educação a distância e o entretenimento online foram impulsionados. Nesse cenário, novas formas de trabalho e atuação surgem e podem ser motivadoras para a criação de novas profissões.
“A pandemia intensificou, de forma dramática, esse processo de atualização tecnológica, o que deve antecipar para 2021 e anos seguintes uma demanda que estava prevista para daqui a cinco ou dez anos”, explica Rafael Lucchesi, diretor-geral da instituição, em entrevista ao portal Huffpost.
Segundo o levantamento, o home office é uma das tendências que deve impactar o mercado de trabalho pós crise sanitária provocada pela Covid-19. Isto acontece por algumas empresas pretenderem aderir de forma fixa este modelo de atuação. Sendo assim, a adaptação ao trabalho remoto cria necessidades de um profissional único e capaz de orientar as pessoas para às rotinas do teletrabalho, além de, claro, a forma de usar ferramentas de informática.
Além disso, o estudo demonstra que oportunidades de empregos para ocupações já existentes serão cada vez mais necessárias. Tais como o técnico em sistemas de transmissões, o técnico em mecatrônica e automação industrial, o técnico em eletroeletrônica e eletricistas.
Veja a lista de ocupações impactadas pelo coronavírus:
- Analista de soluções de alta conectividade (nível médio);
- Administrador de conectividade (nível médio);
- Especialista em logística 4.0 (nível médio ou superior);
- Desenvolvedor de softwares para simulação de processos industriais (nível médio ou superior);
- Especialista em realidade virtual e aumentada (nível médio);
- Desenvolvedor de aulas para educação a distância e online (nível médio);
- Orientador para trabalho remoto (nível médio);
- Profissional com especialização em normas e legislações nacionais e internacionais (nível médio)
- Especialista em gestão da informação (nível médio ou superior);
- Profissional em análise de grandes volumes de informações (nível médio ou superior);
- Especialista em internet das coisas (nível médio ou superior);
- Técnico em impressão 3D (nível médio);
- Especialista em ciber segurança (nível médio ou superior).
A pesquisa utiliza uma metodologia que busca mapear quais tecnologias serão utilizadas e quais mudanças organizacionais acontecerão no ambiente de trabalho em um prazo de 15 anos. Para isso, o levantamento contou com um painel composto por 20 especialistas vinculados a empresas e universidades.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), esta metodologia é um exemplo de experiência bem sucedida na identificação de profissões que serão exigidas pelas empresas.
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