A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou no último domingo (17) o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19 no Brasil. A CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a vacina da Universidade de Oxford, AstraZeneca, que será produzida em território nacional pela Fiocruz. Abaixo, veja as principais dúvidas em relação a vacinação no país, de acordo com o portal G1:
Quando começa?
A campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 estava prevista para esta quarta (20) às 10h. No entanto, após sofrer pressão dos governadores, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, antecipou a aplicação dos imunizantes para a última segunda-feira (18) a partir das 17h, em todo o país.
Quais serão os grupos prioritários?
De acordo com o plano nacional de imunização do governo, as prioridades da campanha de vacinação são: trabalhadores da área de saúde, idosos acima de 60 anos, indígenas, pessoas com comorbidades, professores, profissionais de forças e salvamentos, funcionários do sistema prisional, comunidades ribeirinhas, quilombolas, trabalhadores do transporte coletivo, pessoas em situação de rua e população provada de liberdade.
Quais serão as fases?
Na primeira fase, trabalhadores de saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; população indígena aldeado em terras demarcadas aldeada; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas. Na segunda fase, pessoas de 60 a 74 anos e na terceira fase, pessoas com comorbidades.
Ainda não está definido em qual fase serão inseridos os demais grupos prioritários. Segundo o governo, a decisão depende de aprovação das vacinas e disponibilidade.
As vacinas são gratuitas?
Sim. A vacina será disponibilizada pelo Sistema único de Saúde (SUS), sem custos.
A vacinação será obrigatória?
Na prática, as vacinas no Brasil já são “obrigatórias”. Em diversos estados e cidades do país, é preciso ter a caderneta de vacinação em dia para fazer uso de alguns serviços públicos, como matricular as crianças no colégio, disputar cargos públicos e se inscrever no Bolsa Família.
Além disso, em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a aplicação de medidas restritivas para quem se recusar a se vacinar contra a Covid-19. Para as autoridades, essas medidas são necessárias porque a saúde coletiva não pode ser prejudicada por decisão individual.
Poderei comprar a vacina em uma clínica particular?
Ainda não há uma previsão de quando as clínicas particulares conseguirão comprar lotes das vacinas contra a Covid-19 aprovadas no Brasil. A orientação dos órgãos de saúde nacionais e internacionais é que todas as doses produzidas pelos laboratórios neste primeiro momento sejam direcionadas aos governos. Isto, para garantir que as pessoas dos grupos de risco sejam imunizadas o mais rápido possível.
Eu devo tomar a vacina mesmo que a eficácia não seja 100%?
Sim. “Nenhuma vacina tem eficácia de 100%. Tem eficácia de 90%, nenhuma é 100%. Tem que tomar a vacina que ofereça alguma proteção e que esteja disponível – não adianta sonhar com a vacina de 95% e ela não chegar. O risco a que eu vou ficar exposto em todo esse período é maior do que de já tomar a vacina com eficácia menor, mas com a qual eu garanto uma proteção. Para as formas um pouco mais graves, até foi uma proteção maior. Quem sabe ela proteja mais ainda para formas graves”, pontua o professor e infectologista, Alexandre Zavascki, em entrevista ao G1.
Quanto tempo após a vacina eu estarei imunizado?
De acordo com o infectologista Jose Geraldo Leite Ribeiro, vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), mesmo após duas doses da vacina, nosso organismo não gera uma resposta imune imediata. “A proteção se dá um tempo após a aplicação da segunda dose, e esse tempo varia de acordo com cada vacina. Na maioria delas, a imunidade acontece a partir de dez ou vinte dias após a segunda dose”, afirma. Por essa razão, é importante continuar com as medidas de segurança e higiene, mesmo depois da aplicação da vacina.
Como será a distribuição?
Já foi dado início a distribuição das vacinas aos Estados. Isto, em um evento simbólico, com a presença de Pazuello e governadores no galpão do Ministério da Saúde no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As doses serão levadas por aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) e de companhias aéreas às principais cidades do país. Depois disso, os governos de cada Estado farão a distribuição para os municípios.
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