Em um estudo, pesquisadores entrevistaram mais de 3,9 mil pessoas que tiveram a COVID-19 entre maio de 2020 e janeiro de 2021 e identificaram que 52% dos entrevistados sofreram com sintomas da depressão.
Divulgado em 12 de março pela revista médica JAMA Network Open, o estudo também apontou que os participantes jovens, do sexo masculino e que tiveram um caso severo de Covid-19 eram os mais propensos a ter depressão.
O principal pesquisador do estudo, Roy Perlis, explica que as pessoas que contraíram a Covid-19 podem ter sintomas de depressão por muitos meses após o início da doença. No entanto, o pesquisador destaca que a pandemia gera um estresse crônico e uma perda de socialização que por si só já são uma receita para depressão e ansiedade. Isso pode afetar uma pessoa mesmo que ela não tenha sido infectada pelo novo coronavírus.
“Essa observação reforça a importância de entender se esse (a depressão) é um efeito da COVID-19 em si. Ou se é simplesmente (fruto do) estresse de lidar com a pandemia e com uma doença aguda”, apontou o professor de psiquiatria da Escola Médica de Harvard.
Relação de causa e efeito
De acordo com a publicação do portal Mundo Boa Forma, a pesquisa não comprovou que exista relação de causa e efeito entre a doença e a depressão. Isto acontece por ser possível que os participantes que relataram estar com depressão já tenham os sintomas antes de contrair a Covid-19. Apesar disso, para a neuropsicóloga, Brittany LeMonda, as descobertas da pesquisa são relevantes. Isto, porque os especialistas ainda analisam quais são as manifestações psiquiátricas e neurológicas da Covid-19.
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