O aplicativo Tinder vai permitir que as pessoas tenham acesso aos antecedentes criminais de outros usuários. Isto porque a plataforma quer reduzir os temores de seus usuários sobre crimes e golpes facilitados via aplicativo. Inicialmente, o recurso ficará disponível somente nos Estados Unidos.
Uma parceria entre o dono do aplicativo Tinder, Match Group, e a Garbo, organização americana sem fins lucrativos, fará com que os usuários tenham acesso ao histórico de crimes relacionados aos atos, acusações e condenações por violência, roubos, ordens de restrição, assédio e demais crimes contra a integridade física e contra a vida.
A saber, as mulheres são as maiores vítimas dos crimes mencionados. Um levantamento feito pela agência Gênero e Número apontou que os crimes estão relacionados a difamação e ameaças, mas há casos de estupro e lesão corporal.
A Garbo, que desenvolve um sistema de verificação de antecedentes criminais por meio do telefone e do nome da pessoa, foi fundada por mulheres com a intenção de dar informações sobre as pessoas com as quais se relacionam. “Antes da Garbo, os abusadores podiam se esconder atrás de registros públicos caros e de difícil acesso. Agora, isso ficou mais difícil“, disse Kathryn Kosmides, fundadora e CEO da Garbo.
Entretanto, há um empecilho para acessar os antecedentes criminais. Isto porque, a princípio, a opção será paga e ficará disponível somente para usuários da versão premium. O grupo dono do Tinder afirma que trabalha junto com a ONG para baratear a aplicação e dar acesso à todos.
Ademais, a medida pode ser tardia contra o aumento de casos de violência em encontros concretizados via aplicativo. A secretaria do Estado de São Paulo divulgou um crescimento de 250% em boletins de ocorrência por conta dos encontros que terminaram mal de alguma forma. Os números são de 2014 à 2018.
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