A inadimplência registrou queda no País durante a pandemia, os dados são da Serasa Experian. Em julho, último dado disponível, 63,5 milhões estavam inadimplentes – 2,5 milhões de pessoas a menos em relação a abril, quando o país parou por causa da covid-19.
Segundo especialistas, esse quadro surpreendente é resultado direto do auxílio emergencial, dos programas de socorro às pequenas e microempresas e também da taxa de juros no piso histórico. No auge da pandemia, as instituições financeiras também permitiram o adiamento dos pagamentos por 60 dias.
De acordo com a publicação, o dado positivo é resultado das medidas do governo para mitigar os efeitos da crise econômica, como:
- auxílio emergencial pago aos mais vulneráveis;
- programas de socorro às pequenas e microempresas;
- taxa de juros no mínimo histórico, 2% ao ano.
As instituições financeiras também postergaram R$ 110,5 bilhões em dívidas durante a pandemia, em 1 total de 14,2 milhões de contratos, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
“A queda da inadimplência é algo inédito“, afirma o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, empresa que monitora a situação financeira de consumidores e empresas no País, para o site Correio Braziliense. Em julho, último dado disponível, 63,5 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, segundo pesquisa da Serasa. São 2,5 milhões de pessoas a menos em relação a abril, quando o País parou por causa da covid-19. Também o número de empresas com dívidas em atraso recuou em julho para o menor nível do ano: 5,8 milhões. É exatamente a mesma quantidade de companhias inadimplentes registrada em julho do ano passado.
“Os brasileiros que perderam renda estão pendurados hoje no auxílio emergencial, que tem data e hora para acabar (no fim de dezembro).” Se até o fim do ano o quadro for ainda ruim para o emprego, a inadimplência da pessoa física pode subir e resvalar na pessoa jurídica, que não vai receber os créditos em dia. “A inadimplência está represada, não está extinta“, concluiu Rabi.
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