Uma pesquisa feita pela ONG Plan International Brasil com 14 mil mulheres de 15 a 25 anos em 22 países revelou que 58% das participantes já sofreram assédio on-line. No Brasil, onde 500 jovens participaram, 90% afirmam usar a internet com regularidade e 77% relatam já terem sido assediadas online.
O estudo descobriu que as meninas que usam mídia social em países de alta e baixa renda estão cotidianamente sujeitas a mensagens explícitas, fotos pornográficas, perseguição online e outras formas angustiantes de abuso. O problema, segundo elas, é que as ferramentas de denúncia são ineficazes para impedir o assédio.
No estudo global, o tipo de ataque mais comum é a linguagem abusiva e insultuosa, relatada por 59% das meninas que foram assediadas, seguido por constrangimento proposital (41%), vergonha do corpo e ameaças de violência sexual (ambos 39%).
No Brasil, os números registrados apresentaram algumas diferenças: o ataque mais comum também foi a linguagem abusiva e insultuosa (58%), seguido de ataques à aparência, incluindo vergonha do corpo (54%) e constrangimento proposital (52%). Aqui, os comentários racistas (41%) e os homofóbicos (40%) tiveram percentuais relevantes.
Mais da metade (54%) das meninas brasileiras que são de uma minoria étnica e sofreram abusos, afirmam que são atacadas por causa de sua raça ou etnia, enquanto quase a metade (44%) das que se identificam como LGBTIQ+ afirmam que são assediadas por causa de sua identidade de gênero ou orientação sexual. No mundo, a questão homofóbica é ainda pior, com 56%.
A faixa etária em que mais ocorrem assédios é entre os 12 e os 16 anos, mas há testemunhos de garotas que foram atacadas pela primeira vez já aos 8 anos de idade. O abuso geralmente é praticado por pessoas estranhas (47%), anônimas (38%) e fora do círculo de amizade (38%), segundo as brasileiras.
Situações como essas têm impacto profundo na confiança e no bem-estar das jovens mulheres. De acordo com a pesquisa, 41% revelaram que os episódios criaram estresse mental e emocional, 39% tiveram sensação de insegurança física e 29% afirmam ter desenvolvido baixa na autoestima e perda de confiança.
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Preocupante,alarmante principalmente pela faixa etária de 8 ao 16 anos idade pela qual não podem se defender e por medo de serem apontadas como culpadas se calam ,é necessário mais vigilância. Bom saber que os órgãos públicos estão divulgado esses dados.
Bom dia, Deilma 😊
Verdade. O mais importante é que as vítimas estão criando “coragem” para denunciar!
Situações como essas têm impacto profundo na confiança e no bem-estar das jovens mulheres, o que pode diminuir com a denúncia.